Amanhã (14), 25 mulheres moradoras do Alto Nossa Senhora de Fátima, na Zona Norte do Recife, irão visitar os serviços de atendimento às vítimas de violência doméstica na capital. A iniciativa, organizada pelo Grupo de Mulheres Cidadania Feminina, faz parte do projeto Apitaço, que forma mulheres para serem agentes multiplicadoras de informações sobre direitos em comunidades de baixa renda. O objetivo da formação é estimular a construção de redes comunitárias de apoio e enfrentamento da violência contra a mulher.
A primeira visita será na Delegacia da Mulher, localizada em Santo Amaro, às 14h30. Posteriormente, seguem para o Centro de Referência Clarice Lispector, onde serão recebidas pela responsável pela Coordenadoria da Mulher do Recife e por uma assistente social. Neste semestre, outras seis comunidades realizarão as mesmas visitas.
O projeto Apitaço surgiu no ano de 2004, no Córrego do Euclides, no Alto José Bonifácio, como uma reação organizada das mulheres da localidade aos constantes casos de violência de gênero. “Começamos a distribuir apitos. Cada vez que ouvíamos uma mulher apanhando, começávamos a apitar de casa e depois saíamos e íamos até a frente da casa onde acontecia a agressão. Isso evita que ocorresse morte da mulher ou a fuga do agressor, antes da polícia chegar. Continuamos até hoje com esta ação, mas agora também podemos nos dedicar a uma formação em direitos humanos para as mulheres das comunidades”, explica Rejane Pereira, coordenadora do Grupo de Mulheres Cidadania Feminina.
No ano passado, 250 mulheres participaram da formação. Em 2009, serão 200 moradoras dos bairros do Ibura, Cordeiro, Dois Unidos, Vasco da Gama, Santa Teresinha e Alto do Pascoal. Os módulos do curso contemplam temas como: gênero, feminismo, identidade racial, direitos sexuais, direitos reprodutivos, Lei Maria da Penha, violência contra a mulher e a rede de apoio e enfrentamento, fala pública e expressão da mulher.
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