Amanhã (22), membros da Secretaria de Saúde do Amazonas estarão reunidos com representantes do Ministério da Saúde e do Grupo Curumim (PE) para discutir uma proposta de ação com as parteiras tradicionais amazonenses. Na ocasião, será apresentada a experiência do programa “Trabalhando com Parteiras Tradicionais”, desenvolvido pelo MS em parceria com a organização pernambucana, a qual é aplicada várias regiões do país. O objetivo da reunião é informar ao Governo do Estado sobre as políticas do Ministério da Saúde em relação à inclusão do parto domiciliar assistido por parteiras no SUS. Estarão presentes representantes da Atenção Básica e das Áreas Técnicas de Saúde da Mulher e de Saúde da Criança. A reunião acontece a partir das 08h30, na Coordenação de Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde do Amazonas.
No Amazonas, entre os anos de 2001 e 2008, o Programa Parteiras Tradicionais do Ministério da Saúde, promoveu cursos e encontros para 253 parteiras tradicionais e 216 profissionais de saúde de municípios como São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Santa Isabel, Maraã, Fonte Boa, Tefé, Iranduba, entre outros. De acordo com a coordenadora do Grupo Curumim, Paula Viana, é fundamental que o governo do Amazonas se comprometa com o programa, para que o parto domiciliar assistidos por parteiras seja reconhecido como uma realidade no estado e esteja dentre as ações da Estratégia de Saúde da Família. Atualmente, as parteiras tradicionais encontram muitas dificuldades para realizar suas atividades, como a falta de material e remuneração, o não reconhecimento do trabalho, a falta de comunicação com os serviços de saúde, entre outras.
Em novembro de 2008 foi realizada uma ação regional, com apoio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no município de Tefé. Na ocasião, houve uma avaliação do trabalho realizado entre os anos de 2001 a 2008 e foi traçado um plano regional de ação, que deve integrar-se ao Plano Estadual ao final do encontro que está sendo organizado.
O Grupo Curumim desenvolve o Programa Parteira, que propõe e incide nas definições de políticas públicas de saúde para a inclusão do parto domiciliar assistido por parteiras tradicionais no conjunto da atenção integral à saúde da mulher no Brasil. O projeto já trabalhou com mais de 2 mil parteiras tradicionais, indígenas, quilombolas, benzedeeiras, rezadoras e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em todas as regiões do país.
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