Magistrados que não apoiaram Zveiter na disputa pela presidência do órgão contestaram a decisão do presidente e pediram a volta do adorno e o fim do novo templo ou que as decisões no campo religioso, anunciadas na semana passada, fossem submetidas ao voto do pleno da corte. Zveiter – que defendeu a decisão alegando o caráter laico (sem religião) do Estado e presidia a primeira sessão da sua gestão, iniciada há poucos dias – não aceitou nenhuma das propostas e manteve as decisões.
O desembargador José Motta Filho, que declarou não ter votado em Zveiter, referindo-se ao crucifixo retirado, pediu a volta de “um ser que ficava aqui de braços abertos, não recebe salário, não usa assessor, não usa carro, não gasta combustível” e defendeu o fim do espaço ecumênico. Motta teve apoio dos desembargadores Galdino Siqueira e Paulo Ventura, candidato derrotado à presidência.
Já Zveiter foi apoiado pelos desembargadores Roberto Wider, Sérgio Cavallieri e Letícia Sardas. Encerrada a polêmica, a sessão transcorreu normalmente.
Na nova capela, haverá cultos evangélicos às quartas-feiras e missas católicas às quintas. Outras religiões poderão usar o espaço em outros dias, sem restrições, segundo Zveiter.
Fonte: Jornal do Commercio
Nenhum comentário:
Postar um comentário